terça-feira, 24 de abril de 2012

SOCIEDADE

… Ora, uma sociedade pressupõe a existência de sócios; eu vivo, pertenço, a uma sociedade… grande, enormíssima em termos de ecúmena. Logo, e em jeito de silogismo, afirmo: sou sócio… de uma enormíssima sociedade! Euforia: UAU!!! Depressão, quase simultânea: carago, mas..., mas qual é a minha quota!!!?

terça-feira, 17 de abril de 2012

SOBRE MÚSICA

Um bom cantor, um bom intérprete musical – seja de que instrumento for -, quando canta, quando interpreta temas de outro deve pôr neles a sua alma, a sua musicalidade… acrescentar! Deve, ainda que de um cover de trate, fazer dele um “ cover “ ou, tanto melhor, uma quase versão, melhor ainda, uma versão! É isto, o dar de si, que fazem os grandes maestros com as enormes obras clássicas. Simon Rattle, Herbert von Karajan, Leonard Bernstein, nos concertos que regem as obras não deixam de ser do Mestre Maior, mas passam também a ser um tanto suas… Sempre diferentes, consoante quem as rege, e até quem as interpreta. Desta forma é-se completo, cada um diferente, com maiores ou menores virtudes, mas completo. Na diferença, a riqueza! “ Fernandos Pereiras “ há-os por todo o mundo… e têm, sem discussão, o seu valor, o seu cabimento, porém jogam noutro campeonato.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

LIVROS

Gosto de os ter; todos os bons livros quero adquirir. Sou um comprador compulsivo de livros. Hei-de ter biblioteca ou bibliotecas pejadas de livros do chão ao tecto; só dispensarei espaço para a luz, muita luz – terei, forçosamente, que recorrer a um Siza – e, obviamente, para um centro amplo com mesas q. b. e cadeiras em proporção. Isto porque os não quero só para mim… Livros…, dão-me remorsos os que ainda não li embora os possua já!... Gosto de os tocar, de os ler, de os cheirar, de os reler. Aprende-se tudo na relação de complementaridade existente entre os livros e a experiência. Num bom romance, por exemplo, podemos: aprender História, absorver Filosofia, compreender políticas e politiquices, entender de um modo simples um complicado fenómeno natural – que o cientista, porque o experiencia e vive, percebe na plenitude mas não explica cristalinamente, por natural incapacidade -, entender o mundo económico e social, cheirar e ver em estranha realidade os cenários (ao ler um romance encontro-me num cinema…, sou director de fotografia, sou o homem do som, sou o realizador e, se for do meu agrado, até sou o protagonista…), enfim, um bom romance inocula doses cavalares de estoicismo, sopra auras antidesalento. Livros, gosto dos velhos e dos novos, de todos os que entretêm ou acrescentam… Gosto de os ler, reler – a alguns de re-reler -, de os dar a ler, de os discutir; gosto de os usar, porém nunca mas nunca de os estragar (não é sujo o sujo do uso; é de exaltar a perda de elegância física de um livro quando a mesma se deve à sublime função para que foi concebido - que estar direitinho na estante é desdenhá-lo -, agora estropiá-los…, estropiar livros?! Fico furibundo quando me deparo com tal!). Livros: unidades fabris onde operam palavras; cidades de palavras; espaços de lazer para palavras – que os compartilham simbioticamente com os humanos -; parques desportivos para palavras; por vezes, maternidades para palavras. Livros: palavras, imagens – que todas as palavras projectam imagens -, emoções…Vida!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

PÁSCOA, CELEBRAÇÃO DA VIDA SOBRE A MORTE!

Ao contrário do que muitos, no ocidente, pensam, a Páscoa não é uma celebração que começa com Cristo, com a Sua Paixão. O próprio Jesus Cristo já a celebrava, enquanto Judeu. A Páscoa judaica celebra o fim da escravatura dos judeus no Egipto. Escravatura que durou cerca de quatro centos e cinquenta anos. Num processo demorado e não isento de sacrifícios, liderado por Moisés, Homem sábio e inspirado, criado na casa de um Faraó – portanto, Homem também de cultura e nobreza terrenas -, os judeus logram, finalmente, alcançar a Liberdade. Portanto, para o Povo Judeu, a Páscoa é, essencialmente, uma celebração da Liberdade, da Liberdade a que todos os Povos devem ter direito!
Para os cristãos, embora os elevados valores celebrados pelos judeus também façam parte da Páscoa, esta celebra essencialmente Acontecimentos Maiores: Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, os quais levaram à consequência mais sublime: a Vitória da Vida sobre a morte!